Fundação e Instituto Butantan recebem medalha comemorativa por sua atuação na pandemia

Saulo Simoni Nacif, diretor executivo da Fundação, recebeu a honraria oferecida pela Academia de Ciências Farmacêuticas 

Reportagem: Marcella Franco
Imagens: André Ricoy Dias


O trabalho realizado pela Fundação Butantan e pelo Instituto Butantan durante a pandemia de Covid-19 rendeu às duas organizações medalhas comemorativas, entregues durante a cerimônia do centenário da Academia de Ciências Farmacêuticas (ACFB). A solenidade aconteceu na noite de 9 de setembro em São Paulo, no Museu da Língua Portuguesa. 

Fundada em 10 de setembro de 1924 no Rio de Janeiro, a ACFB é uma das mais antigas sociedades científicas brasileiras dedicadas à área farmacêutica. Sua missão é estudar, debater, divulgar e educar a sociedade em temas relacionados ao universo da farmácia. Em 2024, ao chegar a um século de história, premia instituições que tiveram atuação determinante contra o coronavírus. 

"Estou muito honrado. A Fundação Butantan tem 35 anos, é um pouco mais jovem que a Academia, e tem participado no fortalecimento do Instituto Butantan para que ele continue firme em seu trabalho. Hoje o dia é da Academia, e os parabenizo pelos seus cem anos", disse Saulo Simoni Nacif, diretor executivo da Fundação Butantan em seu discurso de agradecimento à honraria. 

Nacif subiu ao palco junto de Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Instituto Butantan e pesquisadora científica da instituição desde 1987, e de Mauricio Zuma Medeiros, diretor de Bio-Manguinhos.

Em sua fala, Nacif lembrou a recém-nomeação de Ana Marisa para o quadro de membros titulares da Academia de Ciências Farmacêuticas, bem como os nomes dos outros quatro integrantes da comunidade Butantan que já haviam sido incorporados à ACFB: o diretor de Regulatório, Controle de Qualidade e Ensaios Clínicos da Fundação Butantan, Gustavo Mendes, nomeado em 2023; a ex-diretora do Instituto Butantan Hisako Gondo Higashi; o pesquisador Celso Pereira Caricati; e Marco Antonio Stephano, ex-diretor de Garantia de Qualidade, e professor da USP.

Os membros titulares da Academia ocupam simbolicamente 120 cadeiras patronadas por renomados farmacêuticos e cientistas brasileiros, e distribuídas em seções como farmácia, ciências, medicina humana, veterinária e odontologia. Vital Brasil Mineiro da Campanha, cientista, imunologista e pesquisador brasileiro, fundador do Instituto Butantan, é patrono da cadeira de número 86. 

“Estou aqui representando o professor Esper Kallás [diretor do Instituto Butantan], que não pode estar conosco essa noite”, disse Ana Marisa Chudzinski-Tavassi em seu discurso. “As ciências farmacêuticas no Butantan atuam em absolutamente todas as áreas. Então, é uma grande alegria a gente poder participar dessa academia. Agradeço muito a vocês e desejo que outros centenários aconteçam com o mesmo impacto que essa academia tem."

Zuma Medeiros, por sua vez, afirmou que “nenhuma instituição chega a cem anos sem ter prestado serviços essenciais ao país”, lembrando também que Butantan e Bio-Manguinhos vêm trabalhando em novas parcerias. “Queremos garantir resultados ao nosso SUS e também estar preparados para novas emergências sanitárias que possamos vir a enfrentar.”

Outras instituições também receberam medalhas comemorativas, como por exemplo o Ministério da Saúde, por seu planejamento e execução da vacinação dos brasileiros durante a pandemia, e também a Anvisa. “Em nome dos servidores da agência, agradeço a oportunidade de estarmos aqui, e agradeço pela homenagem e pela parceria", disse Nélio Cézar de Aquino, gerente geral de medicamentos da agência. 

 

 

 

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