Mais do que uma comemoração, o Dia Internacional da Mulher, que se celebra em 8 de março, representa um convite para a reflexão sobre a falta de equidade que ainda existe entre homens e mulheres nos mais diversos aspectos.
“Eu acho que apesar de toda a evolução, ainda tem desigualdade. Tem muita luta pela frente e a gente nunca pode desistir. Nós ainda precisamos vencer muita coisa pra ter o nosso lugar, o nosso lugar de fala no trabalho, na política”, afirma Dafner de Almeida Lorente, que trabalha em Contratos. “A gente, que é mulher, vê os objetivos que as outras não conseguiram atingir por falta de apoio, de oportunidade”, completa Angelina Cerqueira da Silva, do Núcleo de Formulação e Envase.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres correspondem a 52% da população brasileira ocupada a partir dos 14 anos. Mesmo assim, ganham, em média, 20,5% menos do que os homens, e trabalham 4h48min a mais do que eles.
Na Fundação e no Instituto Butantan, em muitas áreas, as mulheres são dominantes: são mulheres, por exemplo, 70% dos pesquisadores científicos. Há mulheres à frente de diretorias de produção e executivas. Há mulheres liderando setores administrativos e laboratórios. Áreas como Controle de Qualidade possuem toda a sua gestão – gerentes, supervisoras e coordenadoras – nas mãos de mulheres.
Denise Araújo Mendes Costa, da área de Contabilidade Fiscal e Custos, lembra que a situação já melhorou, mas é preciso continuar batalhando. “Se a gente mostrar a nossa capacidade de trabalho, nada vai nos intimidar. Vai da gente não deixar que nada nos impacte”, salienta. “Hoje nós não temos medo de ter um adversário homem, não temos medo de debater, não temos medo de pegar uma atividade nova. A gente traz pra si, agarra e quer mostrar o máximo que pode fazer.”
Ainda assim, há um longo caminho a percorrer. E é papel também das mulheres trabalhar para melhorar a situação para as que já estão no mercado, e para as que virão no futuro. “Primeiro, nós devemos nos unir e não sermos individualistas. A união faz a força, e precisamos lutar umas pelas outras. Se acontece uma coisa com uma, todas devem lutar por ela”, aconselha Dafne.
“É primordial a gente ter o apoio das mulheres que estão no nosso departamento ou até no departamento vizinho. Não ter disputa, se ajudar. Dar o braço de apoio, trazer a outra mulher pra perto, ensinar o que tiver que ensinar, agregar, e tentar aprender com ela. Ela também vai trazer coisas boas”, explica Denise. “Nós, mulheres, somos fortes e corajosas. Temos capacidade pra vencer as nossas dificuldades a cada dia, melhorar a cada dia e representar para as outras que todos nós somos capazes”, completa Angelina.
Na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a Fundação e o Instituto Butantan homenageiam suas colaboradoras mulheres e agradecem por todo o esforço e trabalho duro dedicados às duas instituições ao longo desses anos.
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